A vida de uma Gueixa

Memórias de uma Gueixa

Olá, Pessoas Bonitas!

Então, eu estou deixando minha preguiça totalmente de lado para fazer uma resenha de Memórias de uma Gueixa, antes que eu me esqueça dos detalhes do livro que possam ser relevantes para uma resenha bonita e decente do livro.

E, como eu ainda possuo resquícios da minha preguiça, além de estar um pouco viciada no Skoob, eu vou colocar aqui a resenha/resumo que tem lá sobre o livro:

Memórias de uma Gueixa é um romance fascinante, para ser lido de várias maneiras: como um mergulho na tradicional cultura japonesa, ou um romance sobre a sexualidade, e ainda, como uma descrição minuciosa da alma de uma mulher já apresentada por um homem. Seu relato tem início numa vila pobre de pescadores, em 1929, onde a menina de nove anos é tirada de casa e vendida como escrava. Pouco a pouco, vamos acompanhar sua transformação pelas artes da dança e da música, do vestuário e da maquilagem; e a educação para detalhes como a maneira de servir saquê revelando apenas um ponto do lado interno do pulso – armas e mais armas para as batalhas pela atenção dos homens. Mas a Segunda Guerra Mundial força o fechamento das casas de gueixas e Sayuri vê-se forçada a se reinventar em outros termos, em outras paisagens.”

Dessa vez eu vou tentar ser uma pessoa que escreve olhando os dois lados das coisas e vou me ater a escrever aspectos positivos e negativos da obra. =]

(+)

Vejamos:

1) É um relato muito bom da cultura japonesa;

Arthur Golden fez um relato aparentemente bastante fiel à cultura japonesa. As descrições de locais, treinamentos de gueixas, tradições e todo o resto, nos deixam com a impressão de que somos conhecedores da cultura nipônica. Eu

Cena do filme

disse aparentemente, porque eu realmente não entendo tanto da cultura japonesa quanto gostaria e eu posso estar errada sobre esse detalhe.

Mas tudo parece tão verídico que eu me sinto até um pouco mal por falar que é só aparentemente.

Além de também existir o fato de que muitos autores realmente fazem pesquisas sobre o que querem escrever, para que não sejam mal vistos por terem transformado uma cultura milenar. Além disso, poucas pessoas escrevem sobre inverdades atualmente.

O que me leva a crer que, no Japão da época em que se passa a história do livro, as coisas definitivamente aconteciam do modo como foi descrito…

2) É um relato feminino realmente “enganável” feito por um homem;

Em alguns momentos é muito fácil esquecer que o autor daquele livro é um homem.

O relato é muito bom e bastante convincente. É possível imaginar também que a própria Sayuri nos está contando a história de sua vida, tamanha a habilidade com que Golden escreve.

Completamente “enganável’…

3) Romance/Drama – para quem gosta;

O gênero por si só pode ser considerado um ponto atrativo da obra.

É basicamente um drama, já que a vida da pequena Chiyo não é das melhores. Nem acontecem coisas boas o suficiente para que os detalhes ruins de sua vida sejam esquecidos. Mesmo assim, a garota continua até se tornar uma gueixa.

Apesar de ter drama o bastante para toda uma vida – literalmente – não chega a ser cansativo, enjoativo, ou a poder ser comparado a um dramalhão mexicano.

Além disso, tem romance para aqueles que gostam, apesar de não ser uma coisa muito melosa e, exatamente por isso, eu digo que gosto do livro o suficiente para relê-lo quantas vezes eu quiser.

4) Final surpreendente;

Quando você começa a ler o texto e à medida que a leitura vai avançando, você pensa que determinados acontecimentos seriam inevitáveis ao fim da história, mas alguns detalhes acontecem surpreendendo o leitor.

E mesmo assim, o final não deixa de ser coerente (e eu não falo mais para não dar nenhum spoiler para que ainda quer ler).

5) A personagem não é nenhuma Mary Sue;

Muitos dos meus problemas com livros, além do final, se dão com a caracterização da personagem principal.

Existe uma teoria minha de que as pessoas têm um pouco de egoísmo em seu ser, mesmo que lutem para controlar esse lado e por vezes consigam. Por isso eu adoro personagens que se mostram um pouquinho que seja egoísta.

Com a Sayuri não foi diferente. Por tudo o que aconteceu com ela e acho que até pelo modo como ela viveu até então, ela se mostra uma protagonista real.

Não sabe o que é uma Mary Sue?

Aqui:

“O nome do estilo é uma homenagem à Tenente Mary Sue, uma personagem de fanfics de Jornada das Estrelas dos anos 80 que definiu o arquétipo da personagem perfeita e altamente idealizada.”

“Também são chamados Mary Sue (ou Gary Stu, na versão masculina) as fanfictions onde o personagem principal é praticamente onipresente, sendo completamente inatingível.”

Tirado a Wikipéida e fala sobre os tipos de fanfictions que contém esse tipo de personagem.

*

(-)

Mais cena do filme...

1) Detalhes demais às vezes cansam;

Sim, o Golden não poupa seu texto de descrições e pode, por vezes, se tornar cansativo.

Pode ser que você não ache tão ruim assim e até goste de imaginar as coisas como o autor descreve, mas eu tenho um pequeno problema com descrições desde que eu lia os livros do meu querido J. A. (José de Alencar).

Agora, você pode simplesmente não se ater as descrições, e passar direto por elas sem imaginar direito, e chegar logo ao resto da ação.

2) O final não é exatamente “feliz”…

Mas é perfeitamente plausível.

Se formos considerar os finais felizes de contos de fadas, esse não pode ser chamado de um “Felizes para sempre” típico, mas eu acho que, ao longo de toda a narração, nós somos preparados para o que acontece ao final.

E sinceramente, não poderia ser diferente.

Agora, esse item aqui, foi meio que sugerido pela Lara, que não achou o final tão feliz.

*

E ignorem que eu não consigo encontrar pontos realmente ruins na obra. Não sei, acho que considero o livro bom demais para perceber detalhes ruins que sejam realmente relevantes.

Ou talvez eu esteja certa, já que, olhando as resenhas feitas pelas pessoas no Skoob e olhando a quantidade de estrelas/avaliações das pessoas que já leram (60% classificaram como 5 estrelas – ou seja, a nota máxima), seja perfeitamente possível que, procurando defeitos, eu esteja procurando chifre em cabeça de sapo…

Bom, se eu me lembrar de algo, eu edito o post.

É isso, por ora.

;D